terça-feira, 7 de abril de 2009

Sou o que você quiser, mas somente quando eu quiser.

Todo dia, uma postagem.
Tenho tido um pouco mais de tempo, mas não muito, para pode vir aqui e dizer o que sinto, o que penso, meus medos, vontades, sonhos.
Sonhos que vão, que vem.
Aquela vontade de ser, aquele 'estar'.

Estão ali, sabe?
Meus medos de pequena.
De escuro, sim, eu acendo todas as lampadas por onde passo.
Medo de fantasmas.
Medo de e.t's, vejam só, que patético.
Medo de ficar só, com a pequena, naquele apartamento enorme, que da eco, que 'estrala'.

Vocês já repararam que casas muito velhas, estralam?
Rangem?
Imploram por atenção, novidades, vida!

A casa velha, tem vidas novas.
Quantas pessoas que habitaram ali ja partiram?!
De uma forma ou outra!
A casa deve sentir falta.
Deve sentir falta d'eu me escondendo atras das cortinas, que ainda existem e são lavadas religiosamente a cada 6 meses.
Será que sente faltam das minhas brincadeiras por aquele corredor longo e sombrio?
Eu andava pisando nos rodapés e me imaginava fugindo de jacarés.
Corria, e sentia os tacos estralando sob meus pés.
Olhava pros tacos, pro carpete e imaginava que o vizinho de baixo ia fazer furos no chão pra me ver.
No meu prédio tinha uma área verde, que de verde nunca teve nada, agora tem as paredes, porque o novo síndico resolveu pinta-las.
Lá, eu ia muito raramente.
Nunca tive muitos amigos, e o prédio, velho, tinha moradores, velhos.

Lembro do porteiro, que sempre dizia q ia chover, ou não.
Lembro, de como minha mãe sempre sabia que o nosso andar estava chegando.
(Aaaaabracadaaaabra, o pescoçooo é de caaaaabra, sa-la-man-dra luci).
Mas eu cresci, e vi que não era mágica.
Os números passavam rapidamente, conforme os andarem passavam rapidamente.
Logo lá estavamos, no 13.

As brincadeiras foram ficando pra trás.
O elevador, foi trocado, agora é moderno, bonito, cheio de luzes.
O porteiro do tempo, morreu.
Junto com tantos outros que dali, morreram de velhice.
De tristeza.
De saudade.

E por falar em saudade, onde anda você?
Onde andam seus olhos, que a gente não vê?

O tempo passa!
Lembro de quando, não conseguia me ver no espelho do corredor, ou do banheiro.
Lembro que em frações de segundo, os estava usando pra me maquiar.

Um dia com 5, no outro com 10, toda tristeza e sofrimento.
com 15, e agora quase 20.
Tanta coisa, Tanto tempo.
Tão pouco tempo.

Prefira os bons, aos principais.
Descubra algo novo todo dia.
Repare nos pequenos.
Tenha esperança.
Faça sexo.
Seja feliz.
Durma.
Compartilhe outras realidades.
E...
Saiba que
, No início, são Poucos os que Realmente Acreditam que Iremos Chegar Lá.

Mas nós chegamos, de um jeito ou de outro.
Sempre iremos chegar.

Um comentário:

  1. Que bom poder relembrar o: abraaaaaaaaaaa cadabraaaaaaa o pescoçooooooooo é de cabraaaaaaa, sa-la-man-dra LUCI!!!
    Agora faço isso, quando está para escurecer.
    E de minha varanda brinco com o Pedro, quando as lâmpadas do poste irão se acender.
    Ele ainda acredita que sou eu a responsável pelo acendimento das lâmpadas, de TODOS os postes de Gaspar. rsrsrs...
    Beijos, filha.
    Que sua páscoa seja também o seu renascimento constante, pois agora já sabe que a todo dia renascemos para a vida, quando outra vida depende 100% de nós.
    Te amamos de montão.
    Feliz Páscoa.
    Mamili.
    Tchau Luísa!!!
    Beijocas da vovó!!!

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